sábado, 19 de dezembro de 2009
Agora
Daqui do meu quarto pequeno e escuro, tenho vontade de sussurrar. Mas sussurrar com quem? Se não há ninguém...Nunca. Cantando baixo, uma pequena canção que aprendi na infância, me pergunto que se eu decidisse cantar em voz alta, quem ouviria?Quem reclamaria?Quem se importaria? Canto então usando todas as minhas forças, com todo ar que consigo reter em meu pulmão e nada acontece. Ninguém ouve, ninguém reclama, ninguém se importa. Acho que estou mesmo só afinal. No final. Ao final. Agora.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Blá blá blá de amor
Hoje eu juro que não queria gostar nem sequer um pouquinho de você. Seria bem mais fácil. Eu que sempre achei a dificuldade interessante, hoje queria a ignorância da facilidade.
Eu que nem sei competir. Lutar pela sua atenção com tantas outras me deixa louca. Eu não sei fazer isso! Tento...eu juro. Mas não sei. Minha sutileza fica perdida com tantas outras armas. Eu sempre perco. E você mesmo assim não para de me habitar.
E por mais que eu tente, que eu me esforce, eu realmente não sei ser outra coisa que não eu. Não sei mentir e falar que gosto das mesmas coisas que você só pra te agradar. Nem consigo mudar meu jeito idiota de ser, só pra você gostar mais de mim. Não sei nem mesmo como fazer pra te convencer que eu sou melhor que as outras. Eu nem mesmo acho que eu seja melhor que as outras. Acho até que sou pior. Mais estranha, mais gorda, mais doida. Mais feia, mais chata, mais boba.
Não sei como te falar que você deve ficar comigo e não com elas. Eu que sou tão....normal! E elas que se mostram tão interessantes! Gostam de falar, de se arrumar, de rir alto!
Eu fico aqui com meus livros e nada mais. Leio e releio meus contos de fadas.
Fico aqui com meus choros solitários. Meus devaneios. Meus pensamentos perdidos e achados.
Como te convencer eu num sei. Não tenho os melhores atributos. Não sei nem se me escolhendo, você vai estar tendo a atitude mais certa.
Mas a única coisa que sei é que prometo ser eu mesma. SEMPRE. E se você por acaso, gostar de mim assim, eu prometo AMOR. Daquele bem aventureiro e dedicado, que nunca se acaba e só se transforma.
Eu que nem sei competir. Lutar pela sua atenção com tantas outras me deixa louca. Eu não sei fazer isso! Tento...eu juro. Mas não sei. Minha sutileza fica perdida com tantas outras armas. Eu sempre perco. E você mesmo assim não para de me habitar.
E por mais que eu tente, que eu me esforce, eu realmente não sei ser outra coisa que não eu. Não sei mentir e falar que gosto das mesmas coisas que você só pra te agradar. Nem consigo mudar meu jeito idiota de ser, só pra você gostar mais de mim. Não sei nem mesmo como fazer pra te convencer que eu sou melhor que as outras. Eu nem mesmo acho que eu seja melhor que as outras. Acho até que sou pior. Mais estranha, mais gorda, mais doida. Mais feia, mais chata, mais boba.
Não sei como te falar que você deve ficar comigo e não com elas. Eu que sou tão....normal! E elas que se mostram tão interessantes! Gostam de falar, de se arrumar, de rir alto!
Eu fico aqui com meus livros e nada mais. Leio e releio meus contos de fadas.
Fico aqui com meus choros solitários. Meus devaneios. Meus pensamentos perdidos e achados.
Como te convencer eu num sei. Não tenho os melhores atributos. Não sei nem se me escolhendo, você vai estar tendo a atitude mais certa.
Mas a única coisa que sei é que prometo ser eu mesma. SEMPRE. E se você por acaso, gostar de mim assim, eu prometo AMOR. Daquele bem aventureiro e dedicado, que nunca se acaba e só se transforma.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Lamento
Esse é só mais um lamento
Entre tantos outros lamentos
E outras tantas dores
De tantas outras pessoas
Só mais um lamento
Doído, penetrável, palpável
Daqueles que pra se sair na rua
É necessário armadura.
Mais um lamento
Daqueles cheios de dúvidas
De choros e berros
De frustrações e amarguras
Um lamento,
De saudade.
Entre tantos outros lamentos
E outras tantas dores
De tantas outras pessoas
Só mais um lamento
Doído, penetrável, palpável
Daqueles que pra se sair na rua
É necessário armadura.
Mais um lamento
Daqueles cheios de dúvidas
De choros e berros
De frustrações e amarguras
Um lamento,
De saudade.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Pequena
Sempre me senti pequena.
Apesar dos altos 1 metro e 65 centímetros da minha estatura, sempre me senti mínima. Ora, porque me sentia protegida demais, ora, porque achava que ninguém me percebia. A segunda opção com certeza, com mais frequência.
E mesmo já adulta, com toda essa maturidade/seriedade que me habita, sempre achei que ninguém me perceberia, nunca, na multidão. (E olha que eu sou ruiva, um tipo não muito comum pro Rio de Janeiro).
Imagine minha surpresa, quando pela primeira vez, o menino que eu gostava me percebeu. Foi um susto! Eu, de repente, era vista! Mas como eu era vista???Se nem eu, me via? Eu sempre achei que nunca seria olhada de verdade. Pois dentro de mim habita uma timidez indeclarada e imútavel. E agora era vista por alguém que mais do que me ver...QUERIA me ver. Tinha escolhido isso.
Mas o medo de ser decifrada, de decifrarem coisas sobre mim que nem eu mesma me dava conta, me deixou frustrada. Afinal, com tantas outras meninas mais vistosas, mais bonitas, mais extrovertidas, é claro que eu perderia. E logo você escolheria ver outra.
Eu que nem sei me portar, nem sei conquistar... Era um erro você ter me escolhido. Eu sempre perco. Não seria diferente dessa vez.
Então me fecho na minha pequenez, mergulho na introspecção da minha alma. Me afogo. Ninguém percebe. Acho que sou invísivel mesmo, afinal.
domingo, 11 de outubro de 2009
Espera
Quando você não está
Os dias passam frios
Como se fossem noites
E as noites
Ah!As noites...
Estas passam chuvosas
Chorando
Pedindo pra você voltar
Quando você não está
As horas são eternidades
Impacientes
Aflitas
Marcando cada minuto
Contando cada segundo
Só pra te ver de novo
Quando você não está
O sono fica pesado
Meus sonhos ficam em branco
Na cama, um vazio
E no coração uma só esperança
Esperança de te ver chegar...
(Ainda hoje!)
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
De mim pra você
Ferida que não cicatriza
Câncer que não tem cura
Erro que não se perdoa
Paixão que não se esquece
Memória que nunca se vai
Juízo que nunca se tem
Matéria que nunca se aprende
Luta nunca vencida
Sorriso que não se perde
Coragem que nunca chega
Bandeira que não se levanta
Amor que nada destrói
De mim pra você.
domingo, 4 de outubro de 2009
Cinza
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Pedido
Quero que morra em mim
Essa vontade descontrolada de te ver
De olhar seus olhos negros e doces
Que acabe essa angústia de não te ter
E essa ausência..
Essa ausência assimilada,
Como já cessaram tantas outras ausências
Que me tiravam o chão e me impediam de respirar
Em todas as noites solitárias.
Que passe essa agonia de não ter seu abraço
Seu corpo me envolvendo
E que eu me permita morrer um pouco
Pra que doa a parte em mim que é sua
E que com a dor, ela desapareça.
Mas que por favor,
Eu não fique vazia
Ou amarga quando isso acontecer.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Coordenadas
domingo, 28 de junho de 2009
Interrogação
sábado, 30 de maio de 2009
Navio
Como um navio a afundar
Um navio que já se esqueceu
Do caminho do cais
Sem forças
Nem pra abrir ou fechar os olhos
Então semi-cerrados ficam
Oscilando entre profundas crises de falta de ar
E a placidez de quem nem importa mais em fazê-lo
Lágrimas escorrem
E o medo toma conta
Medo de nunca mais conseguir parar.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
O som da música
Ao cantar o som de uma melodia
Sinto que é como se me despisse
Tirasse toda a carcaça
Todas as máscaras
Poses
Comportamentos politicamente corretos.
Deixo o coração escancarado
A cara lavada
Entregue ao mais profundo de minha alma
Pois sozinha ou na multidão
Através dessa minha voz rouca
Abre-se uma janela
Pra todos os sentimentos guardados
Pois na música, não há passado nem futuro
Não há consequências
Nem medos, nem desejos frustrados
Música é toda paixão!
Nela, não há dor
Só há sonhos
Lindos sonhos harmonicamente melódicos.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Vontade
Vem pra cama
Me encaixa em teus braços
E faz eu me sentir sua
Protegida.
Deixa eu te fazer um cafuné
Te preparar um jantar
Pra gente celebrar
O simples fato de estar vivendo
Vem ser minha companhia
Meu amigo, meu querido
Vem ser meu homem, meu marido...meu amor
E deixa eu ser sua amante
Sua fiel escudeira, sua constante
Sua mulher, seu porto-seguro...meu amor
Somos livres
Não precisamos um do outro
Mas fiquemos juntos
Por livre e espontânea
Vontade.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Artista
Não há gente mais feliz
E estranha como gente artista
Artista de vida, de profissão,
Por gosto e com gosto
Artista traz luz e é luz
Reluzindo como estrela cadente
No meio de cores, tintas, paletas,
Confundindo-se entre coxias e cortinas
Luzes e palco,
Harmonias e Melodias.
Artista se sobressai pra completar
O vazio da existência,
Pra preencher corações,
Ou só emocionar...
À artistas não se precisa rotular
Artista só precisa mesmo, é imaginar
Pra fazer parte e ser diferente
Tudo ao mesmo tempo!
Ah!Grande mistério, o coração de artista...
Que pulsa junto com o expectador
Que chora e faz chorar
Mas que ri
E mesmo quando não faz rir
Adora se apaixonar
Todas as noites pela arte em seu peito
Por isso MERDA pra você
E MERDA pra mim...
Pois o show não pode parar!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Losing my religion
á..
Me ame como se fosse a primeira vez
Sem medos, ou culpas
Descubra em mim
Alguém pra ser seu par nessa dança
Sua companheira
Sua amiga, sua fiel escudeira
Sem delongas
Me torne sua
E sem preconceitos
Me faça sua mulher
Nos lugares mais insólitos
Nas situações mais diferentes
Nos momentos mais estranhos
Me prenda
Com conversas de liberdade
Me ganhe todos os dias
Com as coisas mais simples
Me escolha
Entre todas as outras
Nada é pra sempre,
Mas me ache na multidão...
Pra que em seus braços
Eu possa enfim me perder...
domingo, 8 de fevereiro de 2009
???
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Nos cantos
Ah! Essas cordas que estrangulam meu coração
Tão novo e tão inexperiente
O falso contentamento
Que gera o silêncio
Faz que eu me atire a um caminho escuro e sem volta
Tempestade no peito
Cansa meus olhos
E leva meu corpo a exaustão
Até eu nem conseguir respirar
Então fecho as retinas
Protejo-me nos cantos
Calo-me
Esfrio-me
Mato-me a longo prazo
Por pura covardia.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Cena de Filme
Eu digo tudo bem
Somos amigos
Mesmo que eu saiba
Que habita dentro de mim
Uma vontade louca
De te agarrar e dizer:
- Me escolhe!
E você nem percebe.
Somos amigos
Mesmo que eu saiba
Que habita dentro de mim
Uma vontade louca
De te agarrar e dizer:
- Me escolhe!
E você nem percebe.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Percepções da madrugada
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Pro dia Seguinte
Sussurrando casos no ouvido
Pernas, braços, mãos
Formando uma massa única
Noite de frio
Cama, luz, colchão
Nossos corpos são os culpados
De não conseguirmos nos mover
Nuca, olhos, boca
Carinhos, palavras, poucas
Ventania
Chuva batendo na janela
Quadris, coxas, pés
E a vontade de nuncar levantar
Pro dia seguinte.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Feliz Ano Novo
06:47...
Insônia
Manhã de um ano-novo
Eu, sonhando de olhos abertos
E vivendo de olhos fechados
Que ironia do destino...
Tantas coisas que deixamos passar,
Tantas pessoas
E mais um ano terminou
Mas ficou a falta
Falta de contracenar à dois
De dividir o palco, a coxia,
A casa, as lembranças...
Falta de cantar a vida juntos
Como num dueto de jazz
Mas é um novo dia
De Janeiro
E como todo ano que passa
Toda falta,
Um dia também há de passar.
Insônia
Manhã de um ano-novo
Eu, sonhando de olhos abertos
E vivendo de olhos fechados
Que ironia do destino...
Tantas coisas que deixamos passar,
Tantas pessoas
E mais um ano terminou
Mas ficou a falta
Falta de contracenar à dois
De dividir o palco, a coxia,
A casa, as lembranças...
Falta de cantar a vida juntos
Como num dueto de jazz
Mas é um novo dia
De Janeiro
E como todo ano que passa
Toda falta,
Um dia também há de passar.
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