quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Meu Universo Infantil


Pega a borboleta, faz laço de fita!
Faz uma trança nos cabelos enrolados
Embala a mãe, o filho mais novo
Deixa o sol nascer, começar o novo dia

Penteia os cabelos antes de dormir
Leva a boneca pra onde quer que vá
A natureza é eterna descoberta
Tudo é uma nova forma pra se brincar

Deixa os pássaros voarem ao redor
Pede a benção à sua vó
Sonha em um dia ir pras estrelas
Pensa em um dia ter tudo que deseja

Se cobre de beijos dados pela mãe
Sente o carinho incondicional da família
Chora sozinha sem entender a razão
Era muito mais divertido ser criança!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Roda-Gira, Gira-Roda


Rodapé
Roda gigante
Roda moinho
Roda incessante
Roda o coração
O coração do menino estudante
Roda os sentimentos
A mente pensante
Roda de um lado
Roda sentado
Roda o querer
Roda o sofrer


Girassol
Gira um segundo
Gira o sol
Gira pro mundo
Gira o amor
Gira a juventude
Girei com dor
O mais rápido que pude
Gira os amigos
Gira os desejos
Gira os instintos
Gira tudo
Gira só.


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Não cabia


Ele disse adeus
E ela olhou
E sem dizer nada
Disse tudo
Declarações de amor em voz alta
Não cabiam naquele momento.


Ela se encontrou
Em outros braços
E sem perceber,
Esqueceu do mundo
Pensar no passado
Não cabia naquele momento.


Ele foi vivendo
Ela também
Separados pelos continentes de emoção,
Numa distância impertinente
Mas se permitiam sonhar
Pois a realidade simples como ela é,
Não cabia naquele momento.


Ele se casou
Teve dois filhos
Ela ainda assim o esperou
Mesmo sabendo no fundo de seu coração
Que ele jamais voltaria
Desacreditar no sonho, perder a esperança,
Não cabia naquele momento.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Do primeiro ao último




É engraçado...Eu consigo lembrar claramente quando e onde foi o nosso primeiro beijo, mas o último não me lembro. E ele foi muito mais recente que o primeiro e mesmo assim não tenho a mínima recordação.
Fico revisitando em minha cabeça cada momento, cada movimento, cada beijo, cada carinho, cada noite juntos e até cada briga e,...nada. Simplesmente sinto como se tivesse apagado de minha memória.
O tal último beijo também não faço ideia de como foi. Se foi com ar de despedida, ou se foi com esperança de dias melhores. Não sei se foi rápido ou longo, corriqueiro ou como se fosse uma ocasião especial.
Penso se você se lembra de quando e como foi e se esse lapso de memória é só meu. Penso em te ligar pra ver se você lembra, me pego discando seu número...mas acabo desistindo no meio. Não posso! Não é justo! Nem com você nem comigo.
Mas agora isso não importa mais! Amanhã é um novo dia. Pra você e para mim...

sábado, 11 de agosto de 2007

Talvez (parte II)


Talvez eu consiga ver através
Através de seus olhos
Ora sorte, ora revés

Talvez eu consiga sentir além
Além do que você mostra
Ou passa pra alguém

Talvez eu queira romance
Algo mais importante
Que um olhar de relance

Talvez pra você eu seja apenas mais uma
Mas mesmo assim
Na cabeça de alguém um dia serei a única.

Talvez eu veja mais
Mais do que você consegue ver
Ver de si mesmo

Talvez eu esteja errada
E você não seja tudo aquilo
Que um dia eu pensava.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Como ser solteira!


Todo mundo está sempre em busca de um namorado, de um novo amor. E esquecem que é quando a gente menos espera que as melhores coisas acontecem. Se você fica muito fissurado em achar alguém acaba se deixando levar pela pessoa errada. E essa necessidade de ter SEMPRE alguém não é saudável. Esquecemos às vezes que na realidade, não precisamos de ninguém!Só de nós mesmos.

Eu particularmente adoro meus momentos sozinha, e amo ficar solteira de vez em quando! Olhe as vantagens:
- Tenho a cama de casal só pra mim, ninguém roncando do lado, nem se mexendo bruscamente.
- Posso sair a hora que for, com quem for, sem dramas, sem satisfações.
- Posso trazer pra minha casa quem eu quiser, sem problemas de ciúmes.
- Posso encontrar "um amor" à cada noite, pois assim eu nunca enjoo.
- Curto muito mais meus amigos agora, afinal eles sim, são pra sempre.
- Crises de ciúmes???Nem sei mais o que é isso!
- Me preocupar em fazer o jantar, em cuidar dele, em não fazer nada pra deixa-lo chateadinho???ACABOU!
- Posso sair com a roupa que eu quiser pois não tem mais ninguém reclamando dos meus decotes!
- Nada de me preocupar se chamo atenção de alguém, ou se ele chama a atenção de alguém, afinal estamos se-pa-ra-dos!
- Posso ficar o dia todo desleixada de pijama,sem maquiagem, e principalmente, sem querer ver ninguém!
- Tenho muito mais tempo pra ler meus livros, ver meus filmes, ouvir minhas músicas sem ninguém pra pentelhar.


E pra qualquer momento de carência...é sempre bom ter um P.A. na discagem rápida do telefone!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Decepções


As pessoas não nos decepcionam, nós é que esperamos demais delas. Cheguei a essa conclusão há algum tempo conversando com um amigo.

É engraçado, quando conhecemos alguém (um amigo, ou um possível namorado) depositamos nossas esperanças, anseios, inseguranças nele. E se um dia esse alguém comete algum erro que coloque em risco o "suposto" bem-estar dessa relação, constantemente acusamos essa pessoa de ter nos decepcionado. Mas se a decepção está diretamente ligada às expectativas que depositamos nas pessoas, a culpa da tal "decepção" não seria nossa?

Somos todos humanos capazes de sentimentos altruístas e coisas belíssimas, mas ao mesmo tempo somos capazes de erros catastróficos, de atitudes egoístas e até cruéis. Cometemos muitos erros ao longo da vida, e isso nos torna humanos,(como todo mundo adora falar como se fosse uma espécie de justificativa pro erro: "Errar é humano") pois ainda estamos aprendendo a viver nesse mundo cada vez mais caótico.

Entretanto, não posso deixar de pensar que se fôssemos menos cheios de expectativas, de esperanças nos outros e mais consigo mesmo, seríamos mais felizes. Pois esquecemos que pra cobrar dos outros alguma coisa, temos que primeiro olhar pro nosso próprio umbigo. Mas sempre temos medo de nos decepcionarmos conosco, e isso pode ser um problema. Na minha opinião, talvez a pior das decepções é aquela que você tem com você mesmo.

Mas então fica aí uma receita pra uma vida com menos decepções: Não deposite tudo que você deseja nos outros. Deposite em você!!É difícil, eu sei...Mas tente!!!O resultado pode ser surpreendente!!!Literalmente...


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Livre


Percebi a primeira vez que tinha te esquecido quando fui ligar pra você no seu aniversário(que por pouco também não esqueci) e já não sabia o número de cabeça.

Estranho como a gente demora a se dar conta de algumas coisas. É claro que fui viver minha vida, me envolvi com outras pessoas e até cheguei a achar que tinha te esquecido antes, mas você sempre acabava voltando à minha cabeça. Então já estava acostumada a vê-lo ressurgir de vez em quando. Não desta vez.

Desta vez não foi uma ilusão...Peguei seu telefone na agenda e não fiquei nem um pouco nervosa ao ouvir sua voz do outro lado da linha. Marcamos de nos ver, e tivemos um almoço amigável, feliz, sem nervosismos ou embaraços, sem nostalgias.

Estranho como essas coisas acontecem, de repente. Embora o assunto de outros parceiros ainda fosse "tabu", eu tenho agora, a absoluta certeza de que em breve poderemos falar disso também.

Diferente essa sensação. Amadurecida, eu diria. Enfim me sinto livre, livre de um sentimento que eu estava quase me convencendo que ficaria em meu coração pra sempre.

Pra sempre...Nem sei mais o que é isso.

domingo, 5 de agosto de 2007

Canção do Desapego


Já tava na hora
Não dava mais pra esperar
Não consegui mais segurar
Precisava me desencantar


Já era o momento
A gente já tinha tentado de tudo
Não dava mais pra viver naquele tormento
Precisava me livrar


Já não era sem tempo
Não tinha mais o que fazer
A gente precisava de um alento
A gente tinha que se deter


Já tava atrasado
Invadia a confusão
Estávamos quase estranhos
Não tinha mais solução


Já tinha dado o sinal
Invadia o desassossego
A distância já era presente
Enfim o desapego!


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Desacompanhada


Hoje eu quero sair por aí
Desacompanhada
Ver o que a noite promete
Ver o que o destino aguarda
Sentir o vento em meu rosto
Sentir a liberdade alimentando meu ser
Hoje não quero ser compreensiva
Hoje não quero entender
Nem dar satisfação
Hoje só quero viver
Arriscar meu coração
Hoje meu corpo tem sede de libertação
Pede pra que eu me livre dessas correntes
Dessa constante prisão
Ele anseia para algo casual
Sem nenhuma preocupação
Hoje minha mente pede sossego
Descobertas, desconhecidos...
Hoje tudo que eu quero
É me afogar na solidão.



quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Não foi dessa vez!


Eu acho que hoje vou me apaixonar por você
Me arrumo, coloco uma roupa apresentável. Fiz as unhas, penteei o cabelo, passo perfume. Saio de casa.
Você vem e me pega em casa. No som do seu carro, só músicas que adoro.
Você me beija como se já estivéssemos juntos e aquilo fosse algo comum, quase corriqueiro.
Você é doce, gentil, preocupado comigo.
Com você eu sinto que posso falar qualquer coisa, conversar sobre qualquer assunto.
Você é engraçado, bobo e tem um coração enorme.
Você só diz as coisas certas nos momentos certos.
Seria tão fácil te amar.
Você é tão amá-vel!
Foi uma noite maravilhosa!
Você foi perfeito...
Mas ainda não foi dessa vez que me apaixonei!
Quem sabe no nosso próximo encontro!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Adeus Você


É estranho não estar amando depois de tanto tempo apaixonada. Volto a ter controle da minha vida, dos meu sentimentos, dos meu horários. Não fico mais confusa, não sinto mais aquele aperto no coração de saudades, não sinto mais ciúmes, não preciso mais dar satisfação. Não tenho mais que me preocupar com o que você e sua família vão achar, não preciso mais deixar de viajar nem de sair com minhas amigas. Não preciso mais ter de ter tempo pra você e pensamentos sobre você não me invadem mais à cabeça quando estou trabalhando, ou dirigindo, ou ouvindo música.

É bom estar no controle de novo. Eu gosto de mim mandando da minha vida.

Mas de vez em quando bate aquela carência. Não tenho mais com quem dormir de "conchinha". Não tenho mais alguém pra reclamar da minha música alta de manhã, nem pra ligar no fim de semana que todas as minhas amigas estão ocupadas. Não tem mais os beijos, os abraços, os olhares, e aquela familiaridade dos carinhos corriqueiros do dia-a-dia. Não tem mais aquela intimidade, nem aquele sentimento de se perder na imensidão da outra pessoa. Acho que no fim, "é bom às vezes se perder, sem ter porque, sem ter razão".




(citação da música "Adeus você" da banda Los Hermanos)