Por acaso te desapontei ou magoei?
Deveria eu, sentir-me culpada?
Ou deixar que o juízo tome conta de mim?
Porque eu vi o fim, antes mesmo de começar
Mas mesmo assim me deixei cegar, e iludir, e sorrir
E me dei conta que no meio disso tudo, de repente, assim sem muito esforço, você tinha me ganhado.
E eu nem sabia o que fazer com isso.
Então deixei minha alma vagar
E mesmo agora,
Que chegamos no fim, enfim
Eu sei que ainda existem restos
Resquícios meus e seus,
Dentro de mim e de você
E o estranho é que eu sei que eu sempre estarei do seu lado
Se você quiser.
(Embora não devesse. Talvez você precise me perder...)
Você me mudou, me tirou do sério, do tédio, do torpor que me habitava
Rearrumou minha vida, invadiu minha rotina, chacoalhou com meus instintos
O amor é cego e eu sabia...
Sabia que só via você.
Eu beijei seus lábios e te dei colo
Te conheço por inteiro
Conheço seu cheiro
Sei dos seus medos e aflições
E você sabe dos meus (infelizmente...)
Tivemos muitas dúvidas
Juntos
Mas separados.
Queria voltar a ter papos sobre a lua às 3 da manhã.
Ou receber um convite seu de ultima hora.
É estranho como nos perdemos.
É estranho perder, o que nunca de fato tivemos.
E eu acho que te amo.
E não tem mais nada que eu possa dizer.
Queria estar em você de novo.
Mas não é assim.
Então me recolho.
Você fez mais parte da minha vida do que imagina!
Adeus, meu querido!
Me permito ser cafona agora, embora a gente sempre risse dessas coisas.
Hoje eu posso.
Porque não riremos mais disso juntos.
Adeus, meu amor!
Hoje sou apenas dor.
