domingo, 2 de setembro de 2007

A Rosa




Há entre minhas pernas,
Uma rosa vermelha
Sangrenta de prazer e de dor
Rosa pântano da escuridão
Que engole a serpente

Rosa maldita
Que não vê consequências
Que tem sede
Que tem fome
Rosa raivosa

Rosa bomba atômica
Que explode diante de ti
Que tu fazes com que se exploda
E depois não haja mais ressurreição

Rosa madura
Que desabrocha em tuas mãos
Que se faz carente em teu corpo
Que não vive sem tua presença

E essa rosa quando enfim
Respira fundo solitária
Percebe que sua enorme serpente
Compartilha do mesmo êxtase de viver.

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