Há entre minhas pernas,
Uma rosa vermelha
Sangrenta de prazer e de dor
Rosa pântano da escuridão
Que engole a serpente
Rosa maldita
Que não vê consequências
Que tem sede
Que tem fome
Rosa raivosa
Rosa bomba atômica
Que explode diante de ti
Que tu fazes com que se exploda
E depois não haja mais ressurreição
Rosa madura
Que desabrocha em tuas mãos
Que se faz carente em teu corpo
Que não vive sem tua presença
E essa rosa quando enfim
Respira fundo solitária
Percebe que sua enorme serpente
Compartilha do mesmo êxtase de viver.
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