quarta-feira, 16 de abril de 2008

Almíscar


Me sinto possuída
Possuída por um cheiro doce
Com gosto amargo ao mesmo tempo
Almíscar talvez
Me reviro pela cama
Abro e fecho os olhos continuamente
Procurando alguma coisa
Quem nem sei bem o que
Busco na memória
Volto ao passado
Nada
Um absoluto vazio
Acendo a luz
Tento achar o motivo
Pra esse incômodo que me habita
Ausência
Ausência é um estar em mim.

2 comentários:

Caio disse...

O que seria de nós, se não nos alimentássemos de síncopes, em doses diárias?

DI VELLOSO disse...

Oi linda,
Percebi nas entrelinhas dos seus poemas, força e ousadia, e o mais interessante é que se misturam com extrema naturalidade na suavidade das cores que você escolheu para sua página, isso para um bom observador é o desnudamento tímido de seus desejos que embora ainda semi-ocultos, irrompem feito águas bravas num pequeno olhar que se perde no horizonte.
Adorei, é um convite à delicadeza de confidências que somente um coração puro pode expressar.
Um grande beijo.
Sua amiga,
Di Velloso