quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Estranha


Barulho da chuva
Ventos cantando blues
O céu desbotado
Sem estrela alguma
Imensidão infinita
Vazio indefinido
Ruas escuras
Postes solitários
Silêncio ensurdecedor
Domingo cor azul
Marinho
Triste
E a alma pesada
Molhada
Por onde passam rios
Sem ter onde desembocar
Eu corro
Me jogo
Mas continuo no mesmo lugar
Meu berro sem som
É um trovão abafado
Com dor
Apático
Sem cor
Continuo a caminhar
Sozinha
Sem ver saída
Sem luz no fim do túnel.

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