domingo, 20 de maio de 2007

SOB AVISO

Acordei agora de um sonho ruim. Por um momento achei que tínhamos nos perdido. No meu sonho estávamos separados e a amargura tinha tomado conta de nossas almas.
A estranheza de estarmos separados, a frieza na qual nos relacionavamos me assustou.
Parecia que ali nunca tinha havido um grande amor. A tristeza que habitava meu coração só piorou.
Sou melancólica, triste e profunda, principalmente nas minhas "escrituras" pela madrugada. Mas não necessariamente é como me sinto no dia-a-dia.
Não duvide do grande amor que sinto por você, porque ele é talvez o mais sincero dos sentimentos em mim.
E quem sabe no fundo de minha alma, eu deseje te amar menos. Mas o fato é que não consigo.
E tenho que conviver com esse nosso melodrama, nossa novela mexicana, nossas brigas bestas, nossos ciúmes exagerados, nossas imaturidades. Mas isso cansa com o tempo. E penso que talvez seja melhor repensarmos o que é melhor para nós.
Não veja como uma desistência ou um ato de covardia. Porque isso na verdade é um ato de extrema coragem. Saber assumir que há algo de errado, e deixar quem amamos simplesmente ir. Talvez você não veja, ou não queira ver, mas já extrapolamos alguns limites.
A verdade, é que mais que o amor e o desejo de estar junto exista, isso nem sempre é suficiente. Ou saudável.
O estranho é que ao falar isso pra você posso estar fazendo com que você sinta raiva de mim. Mas não quero te enganar. Você pode me ter pra sempre na sua vida, só que talvez não da mesma maneira pra sempre.
Não se atreva a achar nem por um momento que isso é falta de amor. Pelo contrário, é excesso de amor voltado quase que inteiramente a você e quase nenhum à mim.

Não conseguiria mentir pro principal inquilino do meu coração, mas preciso me encontrar de novo, me concentrar, me achar no meio dessa relação.
Por favor, me dê uma chance de voltar a ser eu mesma...de voltar a ser a pessoa que você conheceu. Por favor me dê um tempo, um alento, um olhar atento e nunca se perca de mim.